“A Campanha Sinal Vermelho tem se mostrado maior que a política. É uma nova cultura de enfrentamento à violência contra as mulheres, absorvida pelo público feminino de qualquer classe social. A ideia do “X” na palma da mão é um simples recurso de denúncia que tem colocado muitos agressores na cadeia. Essa iniciativa é um farol no fim do túnel que tem inspirado muitos estados a incorporarem o “X” na mão dentro das estratégias integradas com o engajamento das forças de segurança para combater este tipo de violência. Entre a ideia e a adesão da campanha, existe uma intensa articulação da AMB junto aos Poderes para tirar o Brasil da quinta posição de país mais perigoso para população feminina”.

“Nossos objetivos principais foram atingidos nesse primeiro ano de campanha. Sensibilizar a sociedade civil acerca dos efeitos deletérios da violência contra a mulher e também mostrar a essa mulher vítima de violência que ela pode encontrar a solução. A Sinal Vermelho é um pedido de socorro sigiloso. O Poder Judiciário e o sistema de proteção integrada por outras instituições estão lá para atendê-la.”

“A Sinal Vermelho conduzida pela Associação dos Magistrados Brasileiros é de extrema importância. Essa é uma campanha para ajudar a romper a bandeira do medo e fazer com que as mulheres que estejam sendo agredidas possam ter amparo na sociedade ou procurando ajuda ou fazendo o sinal com o “X” vermelho na palma da mão. É preciso repudiar a cultura que tolera a violência. Homens de verdade devem ser aliados nesta luta. A vida boa, a vida civilizada é feita de parceria e não de agressões. E lembre-se, homem que bate em mulher não é macho é covarde!”

“A Sinal Vermelho foi uma das campanhas mais importantes que o Conselho Nacional de Justiça teve participação e conseguiu avançar. Por que eu digo mais importante? Porque não existe nada mais importante do que a vida. A morte de uma mulher afeta toda uma sociedade. Eu nunca poderia imaginar que um dia participaria de algo tão grande voltado para o gênero feminino. A campanha cresceu muito mais do que nós imaginávamos pela receptividade da sociedade.”

“Nós trabalhamos muito para que a campanha fosse lançada. Em menos de dois meses, realizamos mais de 70 reuniões. Além dos encontros, nós demos treinamento para os atendentes das farmácias com o apoio de representantes da Polícia Militar e da Polícia Civil. Não sofremos qualquer tipo de preconceito.  Nós fomos abraçadas por essas corporações. A campanha já mostrou que dá certo e que deu certo. A Sinal Vermelho é de todos e tem um futuro promissor.  ”