Metrô de São Paulo irá aderir à campanha Sinal Vermelho

Cartazes e banners da campanha estarão nas paredes do Metrô | Ascom AMB

AMB e CNJ são idealizadores da ação

O Metrô de São Paulo irá aderir à campanha Sinal Vermelho contra violência doméstica. O sistema metroviário fará a divulgação nas redes sociais e produzirá cartazes com instruções de como a mulher deve agir em caso de agressão. Outra medida de proteção é instruir o funcionário a chamar a polícia para atender este tipo de ocorrência dentro dos vagões. Em situação de flagrante, a vítima será levada para uma rede de amparo.

A decisão foi tomada na tarde desta quinta-feira (5) durante reunião entre a Companhia do Metropolitano de São Paulo, a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e as conselheiras do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Maria Cristiana Ziouva e Maria Domitila Prado Manssur. O encontro ocorreu após contato da assessoria de imprensa do Metrô-SP com o gabinete de Maria Cristiana Ziouva, uma das idealizadoras do projeto junto com Domitila e Renata Gil.

A presidente da AMB, Renata Gil, afirmou que toda forma de conscientização é importante. A magistrada relatou histórias de mulheres que sofriam violência e que a agradeceram por terem suas vidas salvas. “Muitas mulheres ainda não têm coragem de denunciar. Nós queremos que os homens se sintam constrangidos por serem violentos e que as mulheres se sintam fortificadas”, disse.

A magistrada lembrou do descompasso jurídico brasileiro, que tem uma das melhores legislações mundiais, mas grande parte da população ainda sofre violência. “Falta o quê? Informação e educação. E quando um transporte público que transporta milhares de pessoas por dia se oferece para aderir à campanha, significa que nós atingimos nosso objetivo”, avaliou.

A conselheira do CNJ, Maria Domitila, contou que utiliza os serviços públicos de transporte e que fica muito feliz com a parceria, porque sabe que as publicidades estampadas nas instalações são efetivas e atingem um grande número de mulheres.

O assessor de imprensa do Metrô de São Paulo, Rafael Ferreira, lembrou que a organização é pioneira em campanhas contra o assédio e que ter a Sinal Vermelho será de grande valia para a instituição. “Nós entendemos que a repercussão da Sinal Vermelho é muito grande, não só aqui em São Paulo, mas também a nível nacional. Percebemos que apoiar a iniciativa pode salvar vidas”, disse. Ferreira afirmou que os funcionários do metrô foram orientados sobre como agir caso uma vítima de violência mostre um X vermelho na palma da mão para denunciar agressões.

A chefe de relacionamento com o passageiro, Cecília Guedes, afirmou que o trabalho desenvolvido pela Sinal Vermelho irá salvar vidas. “Temos o histórico de sermos engajados o combate à violência contra a mulher. Nosso desejo é dar apoio à campanha”, reforçou.


Mahila Lara

Assessoria de Comunicação da AMB