Parlamentar na Bahia apoia implantação da Lei Sinal Vermelho

 

Na reunião, Renata Gil também discutiu interesses da magistratura local

Em visita à Bahia nesta quinta-feira (20), a presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), Renata Gil, reuniu-se com o presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, deputado Adolfo Menezes (PSD), para tratar de diversas pautas encabeçadas pela AMB, entre elas, assuntos de interesse da magistratura local, fortalecendo assim os pedidos da Associação dos Magistrados da Bahia (AMAB). Outro tema de grande relevância tratado na audiência foi a campanha Sinal Vermelho.

Durante o encontro, o deputado se mostrou favorável em transformar a iniciativa da AMB em lei estadual a fim de fortalecer o combate à violência contra a mulher. “Com certeza, vamos apoiar o PL, porque o mecanismo é simples e eficiente”, afirmou o parlamentar após elogiar a representatividade da AMB e exaltar o fato de a instituição ser presidida por uma mulher.

Renata Gil recebeu com entusiasmo o interesse do deputado. “Como primeira mulher a concorrer à presidência da AMB, eleita com quase 80% dos votos, carrego nos ombros o desafio da representação feminina da magistratura para reduzir a desigualdade de gênero e combater toda forma de violência contra a mulher”, afirmou.

A campanha “Sinal Vermelho”, que completa um ano no próximo mês, já é lei em sete estados e no Distrito Federal.

Violência Doméstica na Bahia

A Bahia ocupa o 3º lugar no triste ranking dos estados brasileiros com maior quantidade de registros de feminicídio, segundo dados da Secretaria da Segurança Pública (SSP-BA). No final do ano passado, o assassinato de uma estilista de 39 anos morta a tiros pelo namorado, em Salvador, causou comoção na cidade. Conforme as investigações, a vítima sofria agressões do companheiro, mas não o denunciou.

“Fins trágicos como esse podem ser evitados quando a mulher denuncia. A campanha Sinal Vermelho tem exatamente o objetivo de ser mais uma possibilidade para a vítima pedir socorro. É simples, ela mostra o ‘X’ vermelho na palma da mão numa farmácia e é resgatada de um cenário de violência, seja ela qual for”, finaliza a presidente Renata Gil.


Daiane Garcez (ASCOM)